Dois mil e doze.
Os primeiros raios de sol do verão atingiram-me violentamente, sem causar incómodo algum. Já aguardava por aquele calor há algum tempo de modo a que me viesse aquecer as incansáveis gélidas mãos. Já dizia o ditado "Mãos frias, coração quente" e quando ambos prestam-se ao mesmo papel, convertendo-se em pequenas partículas de gelo? Ansiava ao menos a calorosa sensação nas palmas das minhas mãos. Mantive-as estendidas e os olhos fechados de modo a fixar aquele afago caloroso em minha memória pelo maior tempo possível. Eram apenas as primeiras horas de verão..