Linhas infinitas, continuidade. O comboio avança em direção a um destino sem início nem fim. Seus passageiros têm consciência de sua infinitude mas permanecem presentes, obrigação pessoal, incluindo John. Segurando-se nas barras verticais do recinto, John pratica um monólogo mental enquanto encara o vidro, sua própria imagem. Todos os outros passageiros imitam tal ação, cada um em seu canto. Ali ninguém se vê, ninguém se conhece, preferem manter o anonimato, véu imaginário cobrindo o rosto. O comboio continuava o seu trajeto, suas linhas paralelas e infinitas oferecendo aos passageiros o castigo necessário para suas almas carregadas. Rápidos flashes de imagens começaram a passar pela sua mente. A pequena garota correndo, os soluços abafados do seu choro misturados com o barulho dos seus rápidos passos, tentativa frustrada de se afastar e afugentar o predador que corria ferozmente em sua direção. Nem o choro daquela pobre criatura fez com que John mudasse as suas intenções. Antes pelo c